O Performance Ratio (PR) é uma das variáveis mais importantes para avaliar a eficiência operacional de uma usina fotovoltaica. Ele representa a razão entre a energia efetivamente entregue à rede elétrica e a energia que seria teoricamente gerada, considerando as condições ideais de operação.
A análise de desempenho baseada no PR é essencial para garantir que o sistema esteja operando próximo à sua capacidade projetada. Ela leva em conta fatores locais como irradiância, temperatura ambiente, além de identificar perdas causadas por sombreamento, acúmulo de sujeira, condições climáticas adversas ou falhas nos componentes do sistema.
Expressado em forma de porcentagem, o PR representa a relação entre a energia realmente entregue à rede elétrica e a energia que seria teoricamente gerada em condições ideais. Ou seja, ele mostra quanto da energia produzida está efetivamente disponível, já considerando as perdas inevitáveis do processo — como perdas térmicas, elétricas e o consumo interno da própria usina.
Quanto mais próximo de 100%, melhor o desempenho da usina. No entanto, esse valor ideal é praticamente inatingível na prática, já que toda instalação está sujeita a algum nível de perda. Mesmo assim, usinas bem projetadas e operadas com excelência podem alcançar valores de PR acima de 80%, o que já indica um desempenho de alta qualidade.
Para garantir a precisão dos ensaios de desempenho de sistemas fotovoltaicos, é essencial que os sensores estejam instalados por, no mínimo, 15 dias antes do início das medições. Esse período de estabilização assegura que as condições reais da superfície dos módulos sejam refletidas corretamente nos dados coletados. O piranômetro, em especial, deve ser mantido limpo para assegurar a exatidão das medições. Também é indispensável que o sistema de monitoramento funcione sem interrupções durante esse período.
Recomenda-se que os testes de desempenho sejam realizados somente após a finalização de todos os ajustes operacionais do sistema. Isso permite identificar possíveis falhas, reduzir os efeitos da degradação inicial e garantir resultados mais representativos das condições reais de operação. Idealmente, os ensaios devem ser feitos após pelo menos um mês de funcionamento do sistema.
Quando o sistema fotovoltaico é composto por diferentes subsistemas ou arranjos, a metodologia de cálculo considera a soma das potências nominais de cada arranjo para definir a Potência Nominal do Subsistema (PNS). A Potência Nominal Total (PN) do sistema é então calculada como a média das potências dos subsistemas ponderada pelo número total de unidades. Isso assegura uma avaliação precisa do desempenho global do sistema.
Também é indispensável o monitoramento dos seguintes dados, com medições a cada 1 minuto:
O PVsyst é um software amplamente reconhecido e utilizado no setor de energia solar para simulação, dimensionamento e análise de desempenho de sistemas fotovoltaicos. Ele permite a modelagem precisa de usinas solares, desde pequenos sistemas conectados à rede até grandes projetos de geração centralizada.
Uma de suas principais funcionalidades é o cálculo do Performance Ratio (PR), um indicador fundamental para avaliar a eficiência real do sistema em comparação ao seu potencial teórico. O PVsyst considera variáveis como irradiação solar, temperatura ambiente, orientação dos módulos, perdas elétricas e sombreamentos, oferecendo uma previsão detalhada da produção de energia ao longo do tempo.